Hoje à tarde, as atenções do poder legislativo municipal estarão voltadas para a Orquestra Sinfônica do Recife, que será tema de audiência pública na Câmara Municipal, no Parque Treze de Maio. Antes de o debate começar, procurei um dos integrantes da Comissão de Músicos da OSR, a qual denunciou - mais uma vez - a situação da orquestra à imprensa e à sociedade e lancei-lhe três perguntas. Confiram as respostas do claronista e clarinetista Gueber Santos, que resumem as reivindicações da sinfônica mais antiga do Brasil em atividade ininterrupta.
1. Qual é a orquestra que os músicos da OSR visualizam, isto é, como é a Sinfônica do Recife que seus integrantes desejam?
Esperamos ter uma Orquestra Sinfônica que cumpra melhor o seu papel na cidade do Recife. Para isso, precisamos oferecer à população recifense concertos de qualidade, que façam parte de um programa artístico maior, ou seja, de uma Temporada Anual de Concertos. É imprescindível que o público saiba quando será e qual será o programa executado em cada concerto da OSR para que, dessa forma, possa acompanhá-la mais de perto. Nesse sentido, a criação de uma website para a orquestra figura como uma importante ferramenta tecnológica. Desejamos, ainda dentro do quesito programação, contar com a participação de renomados regentes e solistas convidados. Seria interessante termos em nossa programação artística a participação de artistas pernambucanos que se destacam no exterior, a exemplo dos violoncelistas Antonio Meneses e Leonardo Altino, do oboísta Isaac Duarte, do compositor Marlos Nobre, do maestro Lanfranco Marceletti, entre outros. Também destaco a importância dos concertos didáticos, realizados para alunos das escolas públicas da rede municipal (e por que não ampliar para a rede estadual também, por meio de parcerias entre a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado?), bem como os concertos populares realizados em praças públicas. Além disso, gostaríamos de ter uma série de Grandes Concertos Populares, realizados dentro do teatro, com a participação de grandes artistas regionais e nacionais, a fim de incentivarmos cada vez mais a presença do público no teatro. Precisamos também contar com a colaboração do regente assistente (cargo desativado pela gestão anterior da OSR), pois cada regente (Titular, Auxiliar e Convidados) desempenha um importante papel na vida artística de uma orquestra. Bem, finalmente, desejamos um modelo de gestão para a OSR que ofereça propostas e projetos em parceria com os músicos da orquestra.
2. Num cenário com um novo regente, os músicos da OSR estão dispostos a serem remanejados numa eventual ação como as que aconteceram na Osesp no final dos anos 90 e da OSB em 2011?
Acreditamos que medidas drásticas como esta apenas deveriam ser tomadas quando esgotadas todas as possibilidades de diálogo e de engajamento do músico em questão nesse novo projeto para a Orquestra Sinfônica do Recife. Um diretor artístico competente e experiente saberá, sem dúvida, conduzir esse processo da melhor forma possível, pois antes de ser um regente, ele deve ser acima de tudo um gestor.
3. Em que consiste o plano de carreira cujo projeto tramita na Câmara?
O Plano de Cargos e Carreira da categoria especial Músicos da Orquestra Sinfônica do Recife consiste numa necessária reestruturação salarial para os músicos da orquestra. Além de reparar a defasagem salarial que existe hoje na OSR (em comparação com os salários praticados nas demais orquestra do país), o PCC representa um investimento a longo prazo na orquestra, que atualmente se encontra em processo de sucateamento e corre o risco de se extinguir. Infelizmente, hoje a nossa orquestra figura como um "degrau" momentâneo na carreira dos nossos músicos, pois estes, assim que conseguem algum outro vínculo empregatício que valorize mais o seu trabalho, abandonam legitimamente a OSR em busca de melhores condições de vida. A implantação do PCC é imprescindível para reverter esse quadro (nos últimos anos vários colegas pediram demissão da orquestra) e buscar escrever daqui para frente uma nova história, pois precisamos oferecer melhores condições salariais aos músicos a fim de que os nossos próximos concursos atraiam músicos experientes, capazes de colaborar com esse novo projeto artístico que tanto almejamos para a OSR.
1. Qual é a orquestra que os músicos da OSR visualizam, isto é, como é a Sinfônica do Recife que seus integrantes desejam?
Esperamos ter uma Orquestra Sinfônica que cumpra melhor o seu papel na cidade do Recife. Para isso, precisamos oferecer à população recifense concertos de qualidade, que façam parte de um programa artístico maior, ou seja, de uma Temporada Anual de Concertos. É imprescindível que o público saiba quando será e qual será o programa executado em cada concerto da OSR para que, dessa forma, possa acompanhá-la mais de perto. Nesse sentido, a criação de uma website para a orquestra figura como uma importante ferramenta tecnológica. Desejamos, ainda dentro do quesito programação, contar com a participação de renomados regentes e solistas convidados. Seria interessante termos em nossa programação artística a participação de artistas pernambucanos que se destacam no exterior, a exemplo dos violoncelistas Antonio Meneses e Leonardo Altino, do oboísta Isaac Duarte, do compositor Marlos Nobre, do maestro Lanfranco Marceletti, entre outros. Também destaco a importância dos concertos didáticos, realizados para alunos das escolas públicas da rede municipal (e por que não ampliar para a rede estadual também, por meio de parcerias entre a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado?), bem como os concertos populares realizados em praças públicas. Além disso, gostaríamos de ter uma série de Grandes Concertos Populares, realizados dentro do teatro, com a participação de grandes artistas regionais e nacionais, a fim de incentivarmos cada vez mais a presença do público no teatro. Precisamos também contar com a colaboração do regente assistente (cargo desativado pela gestão anterior da OSR), pois cada regente (Titular, Auxiliar e Convidados) desempenha um importante papel na vida artística de uma orquestra. Bem, finalmente, desejamos um modelo de gestão para a OSR que ofereça propostas e projetos em parceria com os músicos da orquestra.
2. Num cenário com um novo regente, os músicos da OSR estão dispostos a serem remanejados numa eventual ação como as que aconteceram na Osesp no final dos anos 90 e da OSB em 2011?
Acreditamos que medidas drásticas como esta apenas deveriam ser tomadas quando esgotadas todas as possibilidades de diálogo e de engajamento do músico em questão nesse novo projeto para a Orquestra Sinfônica do Recife. Um diretor artístico competente e experiente saberá, sem dúvida, conduzir esse processo da melhor forma possível, pois antes de ser um regente, ele deve ser acima de tudo um gestor.
3. Em que consiste o plano de carreira cujo projeto tramita na Câmara?
O Plano de Cargos e Carreira da categoria especial Músicos da Orquestra Sinfônica do Recife consiste numa necessária reestruturação salarial para os músicos da orquestra. Além de reparar a defasagem salarial que existe hoje na OSR (em comparação com os salários praticados nas demais orquestra do país), o PCC representa um investimento a longo prazo na orquestra, que atualmente se encontra em processo de sucateamento e corre o risco de se extinguir. Infelizmente, hoje a nossa orquestra figura como um "degrau" momentâneo na carreira dos nossos músicos, pois estes, assim que conseguem algum outro vínculo empregatício que valorize mais o seu trabalho, abandonam legitimamente a OSR em busca de melhores condições de vida. A implantação do PCC é imprescindível para reverter esse quadro (nos últimos anos vários colegas pediram demissão da orquestra) e buscar escrever daqui para frente uma nova história, pois precisamos oferecer melhores condições salariais aos músicos a fim de que os nossos próximos concursos atraiam músicos experientes, capazes de colaborar com esse novo projeto artístico que tanto almejamos para a OSR.
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